Pesquisa e informações compiladas por Leandro Campos de Oliveira - Resumo e organização por: ChatGPT - Inteligência Artificial
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o declínio das potências coloniais europeias, como França e Reino Unido, abriu caminho para a independência de vários países árabes. Egito (1952), Síria (1946), Jordânia (1946), e Líbano (1943) conseguiram se libertar do domínio europeu. Essa independência foi impulsionada tanto pelo desejo de autodeterminação quanto pelo crescente interesse em controlar seus recursos naturais, especialmente o petróleo. As novas fronteiras traçadas nem sempre respeitaram as divisões étnicas e tribais, contribuindo para conflitos internos e entre vizinhos.
O conflito entre israelenses e palestinos começou em 1948, com a criação do Estado de Israel na região historicamente conhecida como Palestina. Essa criação levou à primeira guerra entre Israel e os países árabes vizinhos (Egito, Jordânia, Síria e Iraque), resultando na expulsão de centenas de milhares de palestinos, que se tornaram refugiados. A disputa por territórios como a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém se intensificou ao longo das décadas, gerando sucessivas ondas de violência. A geografia da região, com áreas disputadas como Jerusalém (cidade sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos), tem sido central nas negociações de paz fracassadas.
Em 1979, a União Soviética invadiu o Afeganistão para apoiar o governo comunista local contra a oposição mujahedin. O terreno montanhoso e a resistência das forças afegãs, fortemente apoiadas pelos EUA, tornaram a ocupação soviética extremamente difícil. O conflito foi um ponto crítico na Guerra Fria, drenando recursos soviéticos e levando a um forte ressentimento local, que mais tarde contribuiria para o fortalecimento de grupos como o Talibã. O Afeganistão, devido à sua localização estratégica entre o Oriente Médio e a Ásia Central, foi uma peça-chave no tabuleiro geopolítico da época.
A Revolução Islâmica derrubou o regime do xá Reza Pahlavi, fortemente apoiado pelos Estados Unidos, e transformou o Irã numa teocracia islâmica liderada pelo aiatolá Khomeini. O Irã, antes um aliado estratégico dos EUA, tornou-se uma nação hostil ao Ocidente e aos seus vizinhos árabes sunitas. A localização do Irã, controlando parte do estreito de Ormuz, vital para o transporte de petróleo mundial, ampliou sua importância geopolítica. Esse evento alterou o equilíbrio de poder na região, influenciando diretamente conflitos futuros.
Logo após a Revolução Islâmica, o Iraque, liderado por Saddam Hussein, invadiu o Irã em 1980, temendo o impacto da revolução xiita em seu próprio país de maioria sunita. O conflito se desenrolou principalmente nas fronteiras disputadas entre os dois países, incluindo áreas ricas em petróleo, como o Shatt al-Arab. A guerra durou oito anos e foi marcada por um alto custo humano e econômico, com o uso de armas químicas e ataques a populações civis. Embora nenhum dos lados tenha conquistado vitórias significativas, a guerra enfraqueceu ambos os países.
Em 1990, o Iraque invadiu o Kuwait, alegando disputas territoriais e uma acusação de roubo de petróleo. Essa invasão ameaçou o equilíbrio de poder no Golfo Pérsico, uma região crucial para o comércio global de petróleo. Uma coalizão internacional liderada pelos EUA lançou a Operação Tempestade no Deserto, expulsando as forças iraquianas do Kuwait em 1991. A proximidade dos campos de petróleo do Kuwait e a localização estratégica no Golfo tornaram essa guerra de grande importância global.
Os ataques de 11 de setembro de 2001, perpetrados pela Al-Qaeda, resultaram em mudanças drásticas na política externa dos EUA. O governo de George W. Bush adotou a Doutrina Bush, que justificava intervenções militares preventivas para combater o terrorismo. A geopolítica global mudou, com foco especial no Oriente Médio, levando a intervenções militares prolongadas, como a invasão do Afeganistão e, posteriormente, do Iraque. Os EUA fortaleceram sua presença militar na região, buscando segurança em áreas ricas em petróleo e politicamente instáveis.
Logo após o 11 de setembro, os EUA invadiram o Afeganistão para derrubar o Talibã, que abrigava a liderança da Al-Qaeda. A guerra se estendeu por duas décadas, com os EUA tentando estabilizar o país e combater insurgências. A geografia do Afeganistão, com suas montanhas e desertos, complicou as operações militares, contribuindo para a dificuldade de manter controle sobre o território.
Em 2003, os EUA, sob a alegação de que o Iraque possuía armas de destruição em massa e estava ligado ao terrorismo, invadiram o país, derrubando Saddam Hussein. Embora o governo tenha caído rapidamente, a invasão mergulhou o Iraque em um longo período de instabilidade, com o surgimento de grupos insurgentes e, mais tarde, o Estado Islâmico (ISIS). O Iraque, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, continuou sendo uma área de intenso interesse geopolítico.
A partir de 2005, o programa nuclear iraniano gerou grandes preocupações entre as potências ocidentais e Israel, que temem que o Irã possa desenvolver armas nucleares. O Irã insiste que seu programa é pacífico, mas as sanções internacionais e as negociações intensificaram as tensões na região. A proximidade do Irã ao Estreito de Ormuz, por onde passa uma parcela significativa do petróleo mundial, aumenta a importância estratégica desse país.
Em 2011, Osama bin Laden, o líder da Al-Qaeda, foi morto por forças especiais dos EUA no Paquistão. Sua morte foi um marco na "Guerra ao Terror", mas a Al-Qaeda e outros grupos terroristas continuaram ativos. A operação destacou a complexidade das fronteiras entre Afeganistão e Paquistão, onde muitos grupos extremistas encontram refúgio.
A Primavera Árabe foi uma onda de protestos que varreu o Oriente Médio e o Norte da África, começando na Tunísia e se espalhando por países como Egito, Líbia, Síria e Iêmen. Os manifestantes exigiam reformas democráticas e o fim de regimes autoritários. Embora tenha trazido mudanças em alguns países, como a queda de Hosni Mubarak no Egito, também levou a guerras civis em lugares como a Síria e o Iêmen. A geografia diversa da região influenciou os diferentes desdobramentos dos protestos.
A guerra civil na Síria começou com protestos contra o regime de Bashar al-Assad, mas rapidamente se transformou em um conflito complexo, envolvendo facções locais, grupos extremistas e potências estrangeiras. O controle de cidades estratégicas, como Aleppo e Damasco, foi disputado por anos. A guerra levou à maior crise de refugiados do século XXI, com milhões de sírios fugindo para países vizinhos e para a Europa.
O Estado Islâmico (ISIS) surgiu no vácuo deixado pela instabilidade no Iraque e na Síria. Com o objetivo de criar um califado islâmico, o grupo conquistou grandes territórios nos dois países, utilizando táticas extremas de terror. A coalizão internacional liderada pelos EUA conseguiu, com o tempo, reverter os avanços do ISIS, mas o grupo ainda permanece ativo em várias partes do Oriente Médio.
A guerra no Iêmen começou como uma luta interna entre o governo iemenita e os rebeldes houthis, mas se transformou em um conflito regional quando a Arábia Saudita interveio para apoiar o governo. O conflito é visto como uma guerra por procuração entre Arábia Saudita e Irã, que apoia os houthis. A localização do Iêmen, no estreito de Bab el-Mandeb, é crucial para as rotas de navegação global, tornando o conflito uma preocupação internacional.
Após duas décadas de presença militar no Afeganistão, os EUA retiraram suas tropas em agosto de 2021. A retirada permitiu que o Talibã reconquistasse rapidamente o controle do país, culminando na tomada de Cabul e no colapso do governo afegão apoiado pelo Ocidente. Esse evento gerou uma nova crise de refugiados e preocupações globais sobre os direitos humanos no país. O Afeganistão, pela sua posição estratégica entre o Oriente Médio e a Ásia Central, continua sendo uma área de grande interesse para potências regionais, como a China, a Rússia e o Paquistão.
Em 2023, o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou uma ofensiva surpresa contra Israel, levando a intensos combates e bombardeios. O conflito escalou rapidamente, com ataques a áreas civis em ambos os lados, resultando em um número elevado de mortos e feridos. Gaza, com sua localização costeira e a proximidade com Israel e o Egito, tem sido um ponto crítico de tensão. A ofensiva de 2023 reavivou a questão da segurança israelense, o isolamento de Gaza e o impasse nas negociações de paz entre Israel e os palestinos.
As tensões entre Israel e o Hezbollah, grupo xiita apoiado pelo Irã e com forte presença no Líbano, têm aumentado em 2023, com confrontos esporádicos na fronteira norte de Israel. O Irã, com sua política de expandir sua influência no Oriente Médio, utiliza o Hezbollah como uma extensão de seu poder, enquanto Israel considera essa ameaça existencial, especialmente devido ao programa nuclear iraniano. A disputa por hegemonia na região entre Israel e o Irã tem ramificações geopolíticas que afetam a estabilidade não apenas no Oriente Médio, mas também em todo o cenário global. O Líbano, na fronteira com Israel, é um campo de batalha indireto dessa rivalidade.