A atividade de cruzadinha de geografia adaptada para alunos com necessidades especiais cognitivas, criada na plataforma Wordwall, tem como objetivo promover um aprendizado inclusivo e acessível. Indicada para alunos do Ensino Fundamental I e II, essa atividade utiliza dicas simples, como "Quem mora no Brasil é?", e a resposta esperada "Brasileiro". Além disso, inclui bandeiras dos países da América Latina para facilitar a associação visual entre o país e sua nacionalidade, garantindo uma experiência lúdica e engajante.

Aplicação para diferentes tipos de transtornos

Essa atividade é particularmente indicada para alunos com os seguintes transtornos:

1. Transtorno do Espectro Autista (TEA): O uso de imagens e dicas claras, sem sobrecarga sensorial, ajuda a organizar o pensamento. As pistas visuais, como bandeiras, facilitam a compreensão e reduzem a ansiedade que pode surgir em atividades mais complexas.

2. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): A atividade é curta e interativa, o que auxilia na manutenção da atenção e controle da impulsividade. A dinâmica lúdica da cruzadinha permite que o aluno se concentre em pequenos blocos de informação, o que é ideal para quem tem dificuldade em focar por longos períodos.

3. Deficiência Intelectual: A simplicidade nas perguntas e o apoio visual com as bandeiras facilitam a compreensão de conceitos mais complexos, ajudando esses alunos a assimilarem melhor as informações, com reforço positivo imediato ao completarem as respostas corretas.

4. Dislexia: A atividade reduz a carga de leitura ao apresentar pistas curtas e visuais, como bandeiras, permitindo que o aluno concentre-se em identificar e preencher palavras mais curtas e simples.

5. Dificuldades de Processamento Auditivo: O foco em pistas visuais, como as bandeiras dos países, facilita o aprendizado desses alunos, que podem ter dificuldades em seguir instruções complexas verbalmente, aproveitando o suporte visual para completar a atividade.

Habilidades Desenvolvidas

Além de atender a alunos com transtornos específicos, a atividade também trabalha várias habilidades cognitivas importantes, como:

• Reconhecimento de símbolos geográficos (bandeiras),

• Leitura e escrita de nomes de nacionalidades,

• Atenção e memória ao associar países com suas respectivas nacionalidades,

• Pensamento lógico na construção das palavras corretas para completar a cruzadinha.

Fundamentação Pedagógica

A atividade está alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), especialmente na competência (EF04GE03), que promove a compreensão do espaço geográfico e das relações culturais entre países e suas nacionalidades. Também respeita os princípios de acessibilidade previstos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial, proporcionando um ambiente de ensino inclusivo e que respeita o ritmo de aprendizagem de cada aluno.

Aplicação pelos Professores e Tutores

Para que a aplicação dessa atividade seja ainda mais eficaz, os professores e tutores podem seguir algumas estratégias:

1. Mediação constante: Durante a realização da cruzadinha, o professor pode fazer perguntas direcionadas, reforçando as associações entre as bandeiras e os países. Por exemplo, ao mostrar a bandeira, pode perguntar "De qual país é essa bandeira?", promovendo o reconhecimento e a autonomia do aluno na resposta.

2. Reforço positivo: Sempre que o aluno acerta uma resposta, o professor deve elogiar o esforço e oferecer incentivos, o que aumenta a motivação e a confiança do aluno. Isso é especialmente importante para alunos com TEA e Deficiência Intelectual, que podem se beneficiar muito do feedback positivo.

3. Apoio visual contínuo: Professores podem reforçar o uso de imagens e bandeiras durante outras atividades. Ao expor mapas ou bandeiras na sala de aula, os alunos podem se familiarizar ainda mais com os símbolos, reforçando o conteúdo aprendido na cruzadinha.

4. Diferenciação pedagógica: Caso o aluno tenha maior dificuldade em ler as palavras, o professor pode auxiliar na leitura das dicas ou permitir que o aluno escute as dicas em áudio, se a plataforma permitir. Essa variação no método de apresentação do conteúdo pode ajudar alunos com dislexia ou dificuldades de processamento auditivo.

5. Divisão da tarefa em etapas: Se o aluno tiver dificuldade em completar a cruzadinha de uma vez, o professor pode dividir a tarefa em etapas, permitindo que o aluno revele e complete uma ou duas palavras por vez, fazendo pausas para reforçar o aprendizado.

6. Exploração multisensorial: Além da atividade digital, os professores podem trazer bandeiras físicas ou outros elementos visuais para reforçar o conteúdo. Assim, alunos que precisam de estímulos táteis ou visuais podem conectar a atividade da cruzadinha com outros aspectos sensoriais do aprendizado.

Com essas estratégias, a atividade se torna não apenas uma forma de ensinar geografia, mas também uma oportunidade de desenvolver habilidades cognitivas, motoras e socioemocionais, promovendo um aprendizado inclusivo e efetivo, alinhado às exigências do currículo brasileiro.